Economia

Juros fecham em forte queda, nas mínimas, com aposta em Copom mais agressivo

Os juros futuros fecharam a sessão em baixa consistente, principalmente nos vencimentos curtos e intermediários, influenciados pelas expectativas em torno da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) no início da noite. Numa sessão de forte volume de contratos, as taxas renovaram as mínimas no meio da tarde, refletindo as apostas de última hora num corte da Selic mais agressivo do que o de 1 ponto porcentual, que é o consenso no mercado.

Ao final da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para julho de 2017 (790.420 contratos), que melhor reflete as expectativas para o Copom esta noite, fechou com taxa de 10,200%, de 10,265% no ajuste de ontem. A taxa do DI janeiro de 2018 (251.675 contratos) fechou em 9,250%, na mínima, de 9,310% no ajuste anterior. A taxa do DI janeiro de 2019 (255.960 contratos) caiu de 9,36% para 9,30% (mínima). Nos longos, o DI janeiro de 2021 (201.720 contratos) também terminou na mínima, de 10,30%, de 10,42%.

As apostas de uma redução da Selic em 1,25 ponto em maio tinham arrefecido após a divulgação do conteúdo das delações de executivos da JBS, que atingiram o presidente Temer e, na visão do mercado, colocaram em risco o andamento das reformas. Nesse contexto, cresceu a ideia de que o Copom, que vinha ressaltando em seus documentos a importância das reformas para a queda do juro estrutural, seria mais cauteloso, levando o mercado a rever sua posição.

Hoje, contudo, por uma questão de oportunidade de ganho caso o Copom surpreenda, os investidores resolveram fazer aposta alternativa na possibilidade de 1,25 ponto. “Com o dólar ajudando, há chance de vir 1,25 ponto e o mercado foi para a aposta”, disse um gestor, lembrando que os dados fracos de atividade e inflação corroboram o espaço para uma maior ousadia do Copom.

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