Juros fecham em queda com política e câmbio

Com encerramento às 16h, a sessão regular dos juros futuros terminou nesta quinta-feira, 14, com leve viés de baixa, a exemplo dos movimentos dos ativos brasileiros naquele momento. Com noticiário para inflação e atividade fraco hoje, os contratos de Depósitos Interfinanceiros (DI) nesta primeira etapa emularam os movimentos do real e da Bolsa. Na sessão estendida, a reaproximação do presidente Jair Bolsonaro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aprofundou o movimento de baixa das taxas, desanuviando o cenário político neste momento.

No fim do pregão regular, o DI para janeiro de 2021 estava com taxa de 2,640%, ante 2,653% no ajuste de ontem. O janeiro 2022 estava em 3,660%, de 3,642%. O janeiro 2023 recuava a 4,840%, de 4,0943%. E o janeiro 2027 ia de 7,960% para 7,880%.

Na sessão estendida, às 17h21, os juros ampliaram bastante as quedas – o janeiro 2021 recuava a 2,620%, o 2022 cedia a 3,610%, o 2023 ia para 4,780% e o 2027 caía para 7,830%. Todos abriram nas mínimas e perto desses níveis estavam até o fechamento deste texto.

Dois operadores comentaram que o encontro entre Maia e Bolsonaro veio para desobstruir o ambiente político. A baixa ocorreu em sintonia com o recuo do dólar e o avanço forte da Bolsa.

Após a reunião, Bolsonaro afirmou que "voltou a namorar" com Maia e que tudo está bem com o deputado. Maia respondeu que, enquanto presidente da Câmara, tem obrigação de manter o diálogo com o Executivo. Ele evitou ainda rebater críticas recentes de Bolsonaro.

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