Os juros futuros fecharam a sessão regular desta sexta-feira, 4, perto da estabilidade, tanto na ponta curta quanto na longa. As taxas chegaram a subir no começo da sessão, mas se acomodaram perto dos ajustes em linha com o dólar, que se firmou com leve viés de baixa à tarde, e também pelos números norte-americanos do emprego (payroll), que não conseguiram cravar as apostas de que os juros nos Estados Unidos vão subir quatro vezes este ano.
Além disso, no Brasil, o movimento de redução de apostas na queda da Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio, que vinha puxando para cima as taxas curtas nos últimos dias, perdeu força.
As taxas começaram o dia em alta, mas desaceleraram o ímpeto após a divulgação do payroll, que mostrou geração de 164 mil vagas em abril, abaixo das 195 mil esperadas. O aumento do salário médio por hora, de 0,15%, também foi menor do que o avanço de 0,20% previsto.
Por outro lado, a taxa de desemprego caiu para 3,9% em abril, atingindo o menor nível desde dezembro de 2000. Para o estrategista de renda fixa da Coinvalores, Paulo Nepomuceno, o relatório de emprego nos Estados Unidos foi inconclusivo para definir se o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) vai subir os juros três ou quatro vezes em 2018.
Ao final da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 estava em 6,275%, de 6,274% no ajuste de quinta-feira, e a do DI para janeiro de 2020 passou de 7,05% para 7,06%. A taxa do DI para janeiro de 2021 fechou estável em 8,04% e a do DI para janeiro de 2023 terminou em 9,23%, de 9,21%.