Os juros futuros encerraram praticamente estáveis o último pregão da semana, nesta sexta-feira, 22, com liquidez reduzida por conta da proximidade do feriado de Natal e sem indicadores de peso para o segmento. A sessão transcorreu sem sobressaltos diante de um noticiário vazio de surpresas. “O mercado está parado”, disse um operador.
Depois de passarem por um ajuste de baixa na sessão de quinta-feira, as taxas de juros mantiveram-se rondando a estabilidade ao longo de todo o dia. Os contratos abriram a sessão, majoritariamente, com viés de queda. Perto das 14h, os vencimentos mais longos passaram a exibir um leve viés de alta, em linha com o fortalecimento do dólar ante o real. No caso do câmbio, a divisa dos EUA acelerou os ganhos na parte da tarde por conta de remessas de recursos de empresas ao exterior de fim de ano, como lucros e dividendos, numa sessão de liquidez também reduzida.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 encerrou em 6,91% (mínima), de 6,92% no ajuste de quinta, e a do DI para janeiro de 2020, em 8,18%, de 8,19% no ajuste anterior. Na ponta mais longa, a taxa do DI para janeiro de 2021 encerrou a sexta-feira em 9,21% a mesma do ajuste de quinta-feira. A taxa do DI para janeiro de 2023 fechou a 10,15%, ante 10,17% no ajuste de quinta.
Destaque na agenda do dia, os dados divulgados nos Estados Unidos não chegaram a influenciar os preços domésticos. Também não gerou impacto nos ativos a conclusão da última etapa da instituição da reforma tributária nos EUA – com a assinatura do projeto pelo presidente Donald Trump, nesta tarde.
Por aqui, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), explicou em reunião com investidores em São Paulo, que as conversas com parlamentares em torno da votação da reforma da Previdência devem ser retomadas na semana que vem, “entre o Natal e o ano-novo”. “Não tem contagem de votos, não”, declarou Maia, após participar de almoço realizado pelo banco Brasil Plural. “Entre o Natal e o ano-novo, começamos a trabalhar para ver se, durante o mês de janeiro, conseguimos os votos para aprová-la”, afirmou.
Em comentário sobre o programa partidário do PSD em que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foi o principal destaque, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, chamou atenção ao fato de o ministro não ter citado a palavra “Previdência”.