As taxas dos juros futuros abriram em alta em meio à divulgação de um Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) mais forte do que esperado, mas em seguida tinham viés de queda em todos os vencimentos. A volatilidade ainda predominava. O IPCA-15 de janeiro subiu 0,55% ante mediana de 0,52% do Projeções Broadcast. Veio, entretanto, dentro das estimativas que indicavam piso de 0,43% e teto de 0,67%.
Mas a cautela predominava no contexto de mais inflação futura. Aliado a isso, o mercado ainda digere a posição do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a política de financiamento de transações comerciais com a Argentina via bancos estatais.
Às 9h14, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 tinha taxa de 12,90 ante 12,91% da véspera.
O leilão do Tesouro Nacional a ser realizado hoje deve influenciar a oscilação das taxas. O órgão vai ofertar Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B), de rentabilidade associada à variação do IPCA, e também de Letras Financeiras do Tesouro (LFT). Nas NTN-B, serão oferecidos papéis para 15/8/2028, 15/8/2040 e 15/8/2060. Nas LFT, serão ofertados títulos para 1º/3/2026 e 1º/3/2029.
Nesta manhã, no exterior, o rendimento dos títulos americanos cediam após alta na véspera. A expectativa dos agentes é a de que o Federal Reserve (Fed) deva reduzir o ritmo de aperto monetário já na próxima reunião, dia 1 de fevereiro.
Na segunda-feira, os juros futuros mantiveram a trajetória de alta, com os longos avançando em ritmo mais forte que os demais. Foram influenciados pela nova rodada de perspectiva de alta da inflação na pesquisa Focus do Banco Central e os temores com relação ao risco de alteração, para cima, da meta de inflação após indicações do presidente Lula a semana passada.