Economia

Juros futuros avançam com especulação eleitoral

A perspectiva de que Dilma Rousseff (PT) possa recuperar terreno ante Marina Silva (PSB) nas próximas pesquisas eleitorais deu força às taxas dos contratos futuros de juros nesta segunda-feira, 8. Nas mesas de operação, em especial durante a tarde, profissionais do mercado especulavam sobre isso, o que sustentou o dólar e as taxas futuras, após os recuos mais recentes.

No fim da sessão regular, a taxa do contrato futuro de juros para janeiro de 2015 estava em 10,83%, ante 10,82% de sexta-feira, enquanto o DI para janeiro de 2016 marcava 11,39%, ante 11,35%. Na ponta mais longa, o vencimento para janeiro de 2017 tinha taxa de 11,42%, ante 11,26% do ajuste de sexta-feira. Já o DI para janeiro de 2021 marcava 11,20%, ante 10,98%.

Essas especulações eleitorais provocaram uma redução da “inclinação negativa” da curva a termo de juros. Tudo porque os vencimentos mais longos apresentaram elevação mais forte, com o mercado discutindo a eventual melhora de Dilma Rousseff na disputa presidencial. Os yields dos Treasuries também ajudavam no movimento, ao subirem, assim como o avanço do dólar ante o real.

O dólar à vista negociado no balcão fechou em alta de 1,03%, aos R$ 2,2660. A moeda operou em alta praticamente durante todo o dia, tendo oscilado entre a mínima de R$ 2,2430 (estável ante o fechamento de sexta-feira) e a máxima de R$ 2,2720 (+1,29%), vista durante a tarde.

Pela manhã, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou para 0,21% na primeira prévia de setembro, ante alta de 0,12% na quarta leitura de agosto. Já na Pesquisa Focus, do Banco Central, o mercado financeiro revisou para cima a mediana das estimativas para o IPCA em 2014, passando de 6,27% para 6,29%, e para baixo as projeções para o PIB neste ano, diminuindo de 0,52% para 0,48%. Para 2015, as previsões para IPCA e PIB foram mantidas, em 6,29% e em 1,10%, respectivamente.

Por sua vez, as expectativas para a taxa Selic em 2014 seguiram em 11,00%, ao passo que em 2015 oscilou em baixa, caindo de 11,75% para 11,63%. Conforme o relatório Focus, a previsão é de que a alta ao final do primeiro trimestre de 2015 será de 0,25 ponto porcentual (para 11,25%) e não mais de meio ponto (11,50%), como era aguardado até a semana passada.

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