Economia

Juros futuros curtos recuam com fraqueza da atividade

Os juros futuros terminaram a sessão desta quarta-feira, 19, com viés de alta, perto da estabilidade, na ponta intermediária e longa, num movimento que se consolidou após a divulgação da ata do último encontro de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Já as taxas curtas exibiram durante toda a sessão viés de queda, endossado pela fraqueza da atividade mostrada pelo IBC-Br.

Ao final da sessão regular, o DI para outubro de 2015 fechou em 14,16%, de 14,169% ontem. O DI para janeiro de 2016 apontava 14,21%, de 14,23% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 terminou em 13,80%, de 13,87%. Os contratos com vencimento em janeiro de 2019 indicavam 13,60%, igual ao ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2021 marcava 13,57%, de 13,53% no ajuste de ontem.

Nesta tarde, o documento divulgado pelo Federal Reserve levou o mercado a prever que o início do aperto monetário nos EUA pode não acontecer em setembro, ficando para o final de 2015 ou começo do próximo ano. E isso fez com que a pressão nas taxas longas diminuísse.

“A maioria (dos dirigentes) julgou que as condições para normalizar a política ainda não estão dadas, mas eles notaram que as condições estão se aproximando desse ponto”, trouxe a ata da reunião de 28 e 29 de julho do Fed.

Antes do Fed, os DIs intermediários e longos trabalhavam pressionados pelas incertezas políticas e também pela notícia de que o governo usará os bancos públicos para conceder crédito mais barato ao setor automotivo, num total, por enquanto, de pouco mais de R$ 8 bilhões.

Já a ponta curta refletia a desaceleração da atividade. Hoje, saiu o IBC-Br de junho, que caiu 0,58% ante maio e 1,20% ante junho do ano passado. O indicador revela que sobra pouco espaço para o governo apertar os juros nesse ambiente de retração econômica.

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