O mercado futuro de juros enfrentou volatilidade nesta segunda-feira, 5, com os investidores cautelosos com o cenário interno e atentos aos movimentos do mercado internacional. Apesar da queda do dólar na maior parte do tempo, as taxas futuras operaram em alta durante boa parte do dia, tendência mantida nos contratos mais longos ao final do dia.
Mesmo com a maior tranquilidade dos investidores após o anúncio da reforma ministerial, o mercado de juros se mostrou resistente a reduzir os prêmios dos contratos, uma vez que a semana reserva importantes definições no campo político. Para amanhã está prevista a sessão conjunta do Congresso que apreciará os vetos presidenciais. Também é esperada para esta terça-feira a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre ação que pede a impugnação da candidatura da presidente Dilma Rousseff. Na quarta-feira deve acontecer a sessão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as contas do governo em 2014, inclusive no que diz respeito às pedaladas fiscais.
A alta dos juros dos títulos norte-americanos também contribuiu para pressionar as taxas, gerando volatilidade. Com a queda do dólar, as taxas mais curtas acabaram por ceder no fechamento dos negócios no horário regular. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2016 fechou com taxa de 14,484%, contra 14,54% do ajuste de sexta-feira. O DI de janeiro de 2017 teve taxa de 15,40%, de 15,45% do ajuste anterior. Já o DI de janeiro de 2021 ficou com taxa de 15,26%, contra 15,20% do ajuste de sexta-feira.