Os juros futuros fecharam a sessão em alta nesta terça-feira, 5, refletindo os temores sobre as consequências do Brexit que penalizaram ativos de países emergentes no mundo todo. Internamente, favoreceu o movimento ascendente a expectativa em relação ao anúncio da meta fiscal de 2017. Ao término da etapa regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 (72.679 contratos) fechou em 13,910%, de 13,880% ontem no ajuste. O DI janeiro de 2018 (82.330 contratos) subiu de 12,68% para 12,74%. O DI janeiro de 2019 (86.305 contratos) fechou em 12,33%, de 12,25%. O DI janeiro de 2021 (119.180 contratos) encerrou com taxa de 12,24%, ante 12,12%.
Após uma sessão tranquila ontem com as bolsas fechadas em Wall Street, os mercados domésticos já abriram hoje sob pressão do cenário externo, que foi aumentando ao longo do dia. No foco das preocupações está o sistema financeiro do Reino Unido, após informações de que três grandes fundos de investimento imobiliário suspenderam os resgates no país por causa do aumento dos saques. Além disso, há especulações de que o governo italiano estaria prestes a socorrer um grande banco do país e temores de contágio no sistema financeiro europeu que pioraram após o Brexit.
No Brasil, o investidor aguarda com cautela o anúncio da meta fiscal de 2017, que era esperado para hoje, mas ficou para amanhã. O mercado não descarta que o déficit possa ser até maior do que o de até R$ 170,5 bilhões estabelecidos para este ano. O ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, evitou falar em valores, mas disse que a equipe econômica pretende divulgar uma previsão “realista e factível”.
Nos demais ativos, prevalece o movimento de fuga para a qualidade visto desde o início dos negócios. O dólar à vista, às 16h23, era negociado em R$ 3,3007 (+1,05%) e o Ibovespa tinha queda de 1,51%, aos 51.777,21 pontos.