Economia

Juros futuros fecham em baixa com atuação de investidor estrangeiro

Após passarem a manhã desta sexta-feira, 19, oscilando ao redor dos ajustes anteriores, os juros futuros se firmaram em baixa ao longo da tarde, quando os investidores estrangeiros passaram a atuar na ponta vendedora do mercado de renda fixa, a despeito do tom de aversão ao risco que predominou no exterior. Ao longo do dia, o mercado digeriu a entrevista do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, à TV ontem à noite, o discurso do diretor de Política Econômica do BC, Altamir Lopes, pela manhã, e as medidas fiscais apresentadas pelos ministérios do Planejamento e Fazenda nesta tarde.

Em sessão de giro mais fraco, ao final da etapa regular, o DI abril de 2016 estava em 14,157%, de 14,170% no ajuste de ontem, e o DI julho de 2016 fechou em 14,205%, de 14,240% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2017 passou de 14,32% para 14,235% e o DI janeiro de 2018, de 14,83%% para 14,67%. O DI janeiro de 2021 terminou em 15,75%, de 15,88%.

A entrevista de Tombini à Globonews, exibida na noite de ontem, impôs viés de alta às taxas futuras pela manhã, mas de forma limitada, uma vez que apenas reforçou a sinalização do diretor de Política Monetária, Aldo Mendes, de que a Selic não deverá cair no curto prazo. “O quadro inflacionário não permite falar em distensão monetária”, disse Tombini, acrescentando que as próximas decisões de política monetária serão tomadas depois dos dados que saírem nas próximas semanas.

Na mesma linha, hoje, Altamir Lopes, em entrevista coletiva para comentar o Boletim Regional do BC, disse que o cenário da autoridade monetária “não contempla baixa de maneira absoluta”. Ele lembrou que o papel do BC é o de assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e manter um sistema financeiro sólido e eficiente. “Este é o nosso mandato”, disse. Por outro lado, o diretor afirmou que manter a taxa de juro é suficiente para trazer a inflação para 4,5% no próximo ano.

Quanto às medidas fiscais, o governo anunciou a proposta de contingenciamento de gastos do Orçamento de 2016 de R$ 23,408 bilhões, o menor desde 2010, confirmando o valor com o qual o mercado trabalhava. Outras medidas foram anunciadas, como a adoção de limites para o gasto público e a banda de flutuação para o resultado primário.

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