Os principais contratos de juros futuros fecharam majoritariamente em queda na BM&FBovespa nesta quarta-feira, 3, em sessão de forte volatilidade, principalmente no período da tarde. Ao término da negociação regular, o DI abril de 2016 fechou em 14,195%, de 14,200% no ajuste de ontem, e o DI julho de 2016 encerrou em 14,315%, de 14,325% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2017 destoou e subiu de 14,45% para 14,48%. Nos longos, o DI janeiro de 2021 caiu de 15,89% para 15,81%.
Pela manhã, as taxas recuaram em reação à matéria publicada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, de que o governo estaria pressionando o Banco Central para que comece a reduzir a Selic ainda este ano, e também em linha com o apetite pelo risco no exterior e dólar em baixa. A pressão pela queda dos juros é vista por interlocutores do Palácio do Planalto como natural, dentro de um cenário de recessão econômica, mas não significa uma “ordem” para o BC reduzir os juros.
No meio da etapa vespertina, porém, essa avaliação perdeu força, com alguns players reconsiderando a possibilidade de um aperto monetário nos próximos meses, o que levou à recomposição de prêmios na curva a termo. No fechamento da sessão regular, as taxas novamente devolveram a alta, na medida em que o dólar ampliava as perdas e batia as mínimas ante o real. A moeda norte-americana caía 1,76%, a R$ 3,922, no segmento à vista, às 16h36.
Apesar do repique de alta ao longo da sessão, a pressão vendedora de investidores estrangeiros, principalmente na ponta longa, embalou o mercado diante da expectativa de aumento da liquidez global e da recuperação dos preços do petróleo no exterior. E, reforçando a percepção de que os estímulos monetários nas principais economias ainda devem permanecer por um bom tempo, o índice de atividade dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos EUA medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM) caiu para 53,5 em janeiro, de 55,8 em dezembro, abaixo das expectativas, de 55,0.