Os juros futuros confirmaram no fechamento o sinal de queda que prevaleceu durante toda a sessão desta segunda-feira, 30, mas sem respaldo de liquidez em razão do feriado norte-americano e em Londres, que tirou investidores estrangeiros do mercado doméstico nesta segunda-feira. Segundo operadores, os prêmios acumulados na curva a termo nos últimos dias atraíram fluxo vendedor de players locais, principalmente no período da tarde, quando o dólar bateu as mínimas e o Tesouro divulgou um resultado primário do Governo Central em abril que surpreendeu boa parte do mercado.
Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2017 tinha taxa de 13,635%, de 13,685% no ajuste da sexta-feira. O DI janeiro de 2018 caiu de 12,99% para 12,81%. O contrato com vencimento em janeiro de 2019 fechou em 12,70%, de 12,87% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2021 terminou com taxa de 12,74%, de 12,91%.
Profissionais na área de renda fixa destacaram o aspecto mais técnico da sessão de hoje e o fraco volume negociado. “Dia difícil de encontrar explicações com os mercados americanos fechados e a liquidez mais baixa. A pressão de baixa na curva esteve em linha com o dólar”, disse Ignácio Rey, economista da Guide Investimentos.
As taxas estiveram em queda desde o período da manhã, com mínimas atingidas à tarde, em linha com o que se via no dólar e também em razão do resultado do Governo Central (Previdência Social, Banco Central e Tesouro Nacional). Houve superávit de R$ 9,751 bilhões em abril, número perto do teto do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções, que ia de déficit de R$ 6,200 bilhões a superávit de R$ 13 bilhões, com mediana positiva de R$ 200 milhões.
O dólar ampliou o movimento de baixa à tarde, refletindo o acirramento da disputa pela Ptax de fim de mês amanhã, que vai balizar a liquidação de contratos futuros de dólar para junho e também contratos de swap cambial ofertados pelo Banco Central. Às 16h27, o dólar à vista cedia 0,89%, cotado a R$ 3,5784.