Os juros futuros confirmaram no fechamento da sessão regular o movimento de queda firme visto desde o início da sessão nesta quinta-feira, 27, refletindo ajustes de posições ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), considerado mais “dovish” (inclinado à queda dos juros) do que o esperado. Este foi o fator que prevaleceu durante todo o dia e garantiu ainda um forte volume de contratos negociados.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 (421.260 contratos) fechou em 8,280%, de 8,500% no ajuste de ontem. A taxa para janeiro de 2019 (464.905 contratos) terminou em 8,14%, de 8,39% no ajuste anterior. A taxa do DI janeiro de 2021 (239.085 contratos) caiu de 9,50% para 9,35%.
A expectativa majoritária de corte da Selic em 1 ponto porcentual foi confirmada pelo Copom ontem, que reduziu a taxa básica para 9,25%. Na leitura dos analistas, foi bastante clara a sinalização do comunicado da intenção do BC em manter o ritmo de corte atual na próxima reunião, no começo de setembro. “O comunicado veio superdovish, na linha de mais um corte de 100 pontos-base na próxima reunião”, disse a gestora de renda fixa da Mongeral Aegon Investimentos, Patricia Pereira. “E agora o cenário de Selic terminal, que estava entre 8% e 7,5%, é muito mais para a 7,5% e 7%”, completou.
Os contratos mais curtos reagiram com mais força que os longos, configurando a chamada inclinação positiva da curva. Segundo a precificação da curva, as aposta do mercado, que até ontem estavam divididas entre uma redução de 0,75 e 0,5 ponto da Selic em setembro, agora se dividem entre corte de 0,75 ponto e 1 ponto.