Os juros futuros fecharam a sessão regular em queda nesta quinta-feira, 22, que foi mais forte nos contratos de curto e médio prazos, refletindo o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), no qual diz que “vê, neste momento, como apropriada uma flexibilização monetária moderada adicional para sua próxima reunião”. A mensagem pegou de surpresa os investidores, que, ao contrário, esperavam uma sinalização de que, salvo em determinadas circunstâncias, o ciclo de cortes estava encerrado.
À tarde, a expectativa em relação ao julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula, no Supremo Tribunal Federal (STF), colaborou para que as taxas renovassem as mínimas da sessão.
O pedido de habeas corpus é para impedir a prisão de Lula até que se esgotem todos os recursos possíveis em relação à condenação. A aposta do mercado é de um resultado desfavorável a Lula, que dificulte ainda mais sua possível candidatura à Presidência.
Quanto ao Copom, a partir do comunicado, a curva de juros, que na quarta mostrava apostas residuais de que a Selic cairia também em maio, nesta quinta apontava em torno de 80% de chance de uma redução de 0,25 ponto porcentual da taxa básica no próximo encontro, para 6,25%. Esse ajuste derrubou as taxas curtas e médias, em torno de 20 pontos-base, e catapultou o volume de contratos negociados.
No fechamento da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 terminou com taxa de 6,240%, de 6,454% no ajuste de quarta, e o DI para janeiro de 2020 tinha taxa de 7,14%, de 7,39% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2021 recuou de 8,06%, de 8,25% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2023 caiu de 9,09% para 8,99%.