Economia

Juros futuros fecham estáveis, devolvendo tensão antes do Fed

Os principais contratos de juros futuros encerraram a sessão desta quarta-feira, 27, perto dos ajustes anteriores, devolvendo a alta vista desde o começo da tarde, provocada, por sua vez, pela cautela antes do anúncio da decisão do Federal Reserve (Fed). Na leitura do mercado, apesar da melhora na avaliação da economia norte-americana feita pela instituição, não há sinais claros no comunicado sobre a intenção de subir juros no curto prazo. No mais, a agenda de curto prazo pesada aqui e no exterior colocou o investidor na defensiva ao longo de toda a sessão.

Ao término da etapa regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) que vence em janeiro de 2017 projetava 13,980%, de 13,970% no ajuste anterior, com 87.325 contratos. O DI janeiro de 2018 (194.715 contratos) terminou na mínima de 12,84%, de 12,85% ontem no ajuste. O DI janeiro de 2021 (135.520 contratos) fechou em 12,05%, de 12,04%.

Após passarem a manhã com oscilações restritas, refletindo o compasso de espera pelo resultado do Fed, as taxas de prazos médios e intermediários começaram a tarde pressionadas para cima, na medida em que crescia a cautela sobre alguma sinalização mais firme do Fed sobre alta de juros na reunião de setembro, o que não ocorreu. Após a divulgação do comunicado, tais contratos chegaram a ter reação pontual de aceleração da alta, mas logo em seguida devolveram o movimento.

O banco central norte-americano fez uma avaliação positiva sobre o mercado de trabalho, destacando “os ganhos de emprego fortes em junho após um crescimento fraco em maio” e disse que os riscos de curto prazo para as perspectivas econômicas têm diminuído. Por outro lado, destacou que a inflação segue abaixo do objetivo de 2% e “que as condições irão evoluir de uma maneira que irá garantir apenas aumentos graduais na taxa de juros”. A autoridade monetária confirmou a aposta consensual de manutenção dos Fed Funds na faixa de 0,25% e 0,50%, por 9 votos a 1 – Esther George defendeu avanço de 0,25 ponto porcentual.

Apesar do “alívio”, o investidor mantém uma postura defensiva porque a agenda de curto prazo, aqui e no exterior, é carregada nos próximos dias, com decisão de política monetária do Banco do Japão (Boj) e testes de estresse dos bancos europeus. No Brasil, serão conhecidos os dados fiscais do mês de junho.

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