Os juros futuros encerraram a sessão perto da estabilidade nesta quinta-feira, 8, com viés de queda nos prazos curtos e intermediários e de alta nos longos. Enquanto os primeiros estiveram atrelados à expectativa com o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro, na sexta-feira, 9, que pode consolidar o quadro de apostas em redução da Selic em março, os longos acompanharam a cautela vista no câmbio e nas ações a partir do exterior. Logo mais, às 17h30 (de Brasília), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai anunciar o plano de tarifação sobre as importações de aço e alumínio.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 encerrou em 6,455%, de 6,449% no ajuste de quarta, e a do DI para janeiro de 2020 terminou na mínima de 7,32%, de 7,36% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 fechou com taxa de 8,25%, de 8,28% na quarta. A taxa do DI para janeiro de 2023 passou de 9,15% para 9,16%.
“Está todo mundo esperando IPCA mais baixos para fevereiro e revisando IPCA de março, e isso tem justificado o comportamento das taxas (curtas e médias)”, assinalou o diretor de Gestão de Renda Fixa e Multimercados da Quantitas Asset, Rogério Braga.
A mediana das estimativas para o índice, na pesquisa com economistas realizada pelo Projeções Broadcast, é de uma taxa de 0,31%, pouco acima da marca de 0,29% de janeiro. Se confirmada, será o piso para o mês desde 2000 (0,13%). A curva de juros já precifica quase 90% de possibilidade de corte de 0,25 ponto porcentual da Selic no próximo dia 21 e os players não descartam que o Comitê de Política Monetária (Copom) continue deixando a porta aberta para mais uma redução.
Os longos foram influenciados indiretamente pelo mau humor externo, que coloca o dólar em alta ante o real e penaliza o Ibovespa. Os investidores operam na expectativa pelo anúncio de Trump, para saber se realmente alguns países, e quais, vão escapar da sobretaxa que o governo quer aplicar às importações de metais.
A ponta longa chegou a quase zerar o avanço no meio da tarde, com alguns contratos batendo mínimas perto da estabilidade, após o leilão de títulos prefixados do Tesouro. A instituição vendeu integralmente os lotes de 11,5 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e de 1,5 milhão de NTN-F.
Nos demais ativos, às 16h40, o dólar à vista avançava 0,61%, aos R$ 3,2633, e o Ibovespa caía 0,74%, aos 84.850,31 pontos. Em Nova York, o Dow Jones tinha perda de 0,06% e o S&P 500 subia 0,13%.