As taxas de juros negociadas no mercado futuro oscilaram em pequenos intervalos durante toda esta terça-feira, 17, em meio a um ambiente de liquidez expressivamente reduzida. Os investidores monitoraram uma série de informações divulgadas ao longo do dia, mas nenhuma delas teve força para alterar a curva de juros, que ficou próxima dos ajustes do dia anterior.
Nos negócios da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2016 fechou com taxa de 14,19%, ante 14,21% do ajuste da segunda-feira. O DI de janeiro de 2017, o mais negociado, terminou o dia apontando taxa de 15,52%, a mesma do ajuste anterior. O vencimento de janeiro de 2019 fechou em 15,76%, de 15,77%. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI com vencimento em janeiro de 2021 teve taxa de 15,59%, ante 15,57%.
Entre os poucos destaques da tarde esteve a divulgação dos dados da arrecadação fiscal em outubro. No mês passado, foram arrecadados R$ 103,5 bilhões, valor que ficou dentro do intervalo de estimativas do mercado (entre R$ 100,1 bilhões e R$ 111 bilhões), mas ligeiramente abaixo da mediana, que era de R$ 106 bilhões. O dado foi também o menor para um mês de outubro desde 2009.
Após a divulgação dos números de arrecadação da Receita Federal, as taxas reduziram a tendência de baixa com que vinham oscilando – em sintonia com o dólar – e se aproximaram dos ajustes. Devido ao baixíssimo volume de negócios, no entanto, os operadores não relacionam o movimento a uma reação aos dados divulgado pela Receita.
No início do dia, as atenções se voltaram à divulgação de indicadores locais e internacionais. Entre os destaques esteve o IGP-10 de novembro, que subiu 1,64%, ficando abaixo do 1,88% de outubro e dentro do intervalo de estimativas (1,25% a 1,81%). Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,2% em outubro ante setembro, em linha com a previsão dos analistas.
No cenário político, chamou a atenção a fala do vice-presidente Michel Temer, que afirmou que o PMDB não vai sair da base de apoio da presidente Dilma Rousseff. Questionado quando a sigla desembarcaria do governo, como tem defendido uma ala da legenda, ele afirmou apenas: “Não vai sair”.
No final dos negócios, crescia a expectativa pela apreciação, na Comissão Mista do Orçamento (CMO), do projeto de lei que prevê mudança da meta fiscal. A mudança é de um superávit primário de 1,13% do Produto Interno Bruto (PIB) para um déficit que pode superar os 2% do PIB. Outra pauta do dia é a votação dos vetos presidenciais a medidas de impacto fiscal em sessão do Congresso, a partir das 19 horas.
Às 16h47, o dólar à vista tinha alta de 0,03%, cotado a R$ 3,817. Já o Índice Bovespa subia 1,05%, aos 47.337,67 pontos.