Economia

Juros futuros terminam nas mínimas com alívio de crise política

As taxas de juros fecharam a sessão desta terça-feira, 17, nas mínimas, reagindo aos sinais de alívio na crise política, à percepção de que o governo conseguirá convencer o Congresso a aprovar as medidas fiscais e a um ajuste da precificação para a alta da Selic, em abril.

Após abrirem em alta, acompanhando a valorização do dólar e em meio a incertezas com as medidas econômicas do governo e seu avanço no Congresso, os juros passaram a cair, já pela manhã, puxados primeiramente por declarações do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Segundo profissionais do mercado, o ministro passou credibilidade ao comentar algumas das medidas de ajuste fiscal.

O ministro afirmou que o ajuste “é um esforço fiscal menor do que o que foi usado na crise cambial de 98, 99”. Ele ressaltou que o impacto é menor em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com Barbosa, o ajuste é necessário para “o crescimento sustentado”, com base no controle da inflação. O ministro afirmou também que a meta fiscal de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) é crível e o governo trabalha para alcançá-la.

Analistas disseram que a devolução dos prêmios na curva hoje também refletiu um reprecificação das projeções para alta da Selic em abril, diante dos sinais de enfraquecimento da economia. As apostas agora estão equilibradas entre uma alta da taxa básica de juros de 0,50 ponto porcentual e uma elevação de 0,75 ponto porcentual.

De acordo com operadores, uma zeragem de posições compradas por parte de fundos locais no fim da sessão regular ajudou a acentuar a queda das taxas de prazos mais longos. Assim, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2015 (70.960 contratos) apontava 13,120%, na mínima, ante 13,140% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 (186.710 contratos) indicava 13,76%, na mínima, de 13,86%. O DI para janeiro de 2017 (254.440 contratos) tinha taxa de 13,59%, na mínima ante 13,80% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2021 (101.755 contratos) marcava 12,97%, ante 13,30% no ajuste de ontem).

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