A exemplo da quinta-feira, 17, os juros futuros fecharam a sessão regular em forte alta nesta sexta-feira, 18, marcada novamente por movimentos de zeragem de posições vendidas nos principais contratos. O dia foi negativo não somente para os ativos domésticos, como para mercados emergentes em geral, que foram penalizados mesmo com queda considerável do rendimento das T-Notes.
No caso dos juros, o avanço das taxas foi conduzido sobretudo pela alta do dólar ante o real, que foi mais acentuada no período da manhã, quando a cotação chegou a R$ 3,77.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,685%, de 6,601% no ajuste de quinta. A taxa do DI para janeiro de 2020 subiu de 7,62% para 7,76% e a do DI para janeiro de 2021, de 8,67% para 8,92%. A taxa do DI para janeiro de 2023 encerrou em 10,15%, de 9,77%. O DI para janeiro de 2025 fechou com taxa de 10,65%, ante ajuste anterior a 10,23%.
“O dólar continua subindo não só em relação ao real mas também ante demais moedas de países emergentes. Isso está impulsionando os DIs, numa dinâmica que já temos visto na últimas semanas e que levou o Banco Central a manter o juro, surpreendendo o mercado e contrariando sua própria comunicação”, explicou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.
Segundo profissionais do mercado, o dia é negativo para emergentes, mas o real sofre em maior proporção ante seus pares, refletindo um desconforto do mercado com o Banco Central, que, no raciocínio dos investidores, deveria intervir mais firmemente no segmento de câmbio.
Por volta das 16h30, o dólar à vista subia 1,19%, aos R$ 3,7434. Na máxima, chegou a R$ 3,7775. A taxa da T-Note de dez anos, que na quinta estava no patamar de 3,10%, projetava 3,061%.