Os juros futuros encerraram a sessão regular desta quarta-feira, 6, em alta, embora o dólar tenha engatado trajetória de queda consistente no período da tarde. As expectativas com o cenário político, mais especificamente com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff que está em discussão na comissão especial da Câmara, continuaram ditando o rumo dos negócios. Com isso, a divulgação da ata do Federal Reserve, que confirmou a percepção de que os juros norte-americanos não devem subir este mês, não chegou a fazer preço na curva a termo.
O DI janeiro de 2017 fechou com taxa de 13,84%, de 13,80% no ajuste de ontem. O DI janeiro de 2018 subiu de 13,62% para 13,67% e o DI janeiro de 2021, de 13,99% para 14,12%.
Havia grande expectativa sobre uma possível saída do PP da base aliada do governo, mas a reunião da bancada para discutir o assunto, marcada para esta tarde, foi cancelada. O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), anunciou que o partido vai permanecer na base até que aconteça a votação do impeachment no plenário da Câmara.
O deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator do processo do impeachment na comissão especial, apresentou seu parecer nesta tarde, mas havia adiantado a deputados da bancada que a avaliação seria pelo impeachment, o que também já era esperado pelo mercado. No parecer, favorável à admissibilidade jurídica e política do pedido, o relator afirmou “haver indício de que Dilma cometeu crime de responsabilidade”.
Portanto, a maior expectativa dos analistas agora é como será a votação em plenário, que deve ocorrer entre 15 e 17 de abril. Atualização do levantamento realizado pelo Grupo Estado mostra que o número de votos a favor do impeachment da presidente subiu para 245 e contra estão em 110.