Estadão

Juros interrompem trajetória de queda, mas operam perto da estabilidade

As taxas de juros negociadas no mercado futuro operam perto da estabilidade nos negócios da manhã desta quarta-feira, 30, aparentemente interrompendo uma sequência de quedas que vem se repetindo há seis pregões consecutivos. O cenário internacional continua como principal referência dos negócios de hoje, o que favorece a interrupção da tendência de quedas. Com o petróleo e algumas commodities agrícolas em alta, há ligeiro ajuste para cima nos trechos curto e intermediário da curva de juros.

"Na cena global, embora a maioria das moedas ligadas às commodities e de países emergentes siga performando favoravelmente em relação ao dólar, a leitura é a de que o ambiente externo é algo sutilmente mais negativo nesta manhã", diz o Departamento de Economia da Renascença Corretora, citando como exemplo também o movimento de queda das bolsas da Europa e Estados Unidos.

"Ainda que as negociações entre Rússia e Ucrânia tenham dado passos mais positivos na véspera, ainda há enorme ceticismo por parte das potências ocidentais e da própria Ucrânia a respeito de um cessar-fogo entre as partes", afirma a instituição.

No ambiente doméstico, destaque nesta manhã para o resultado do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de março, que desacelerou a 1,74%, após alta de 1,83% em fevereiro. O resultado ficou acima do teto da pesquisa Projeções Broadcast, de 1,70%. A inflação acumulada em 12 meses pelo IGP-M desacelerou de 16,12% para 14,77%, acima da mediana do levantamento, de 14,25%. No ano, o indicador acumula alta de 5,49%.

Às 10h08, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2023 tinha taxa de 12,72%, contra 12,69% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2025 projetava 11,37%, de 11,31%. Na ponta longa, a taxa do DI para janeiro de 2027 era de 11,22%, contra 11,21%.

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