Economia

Juros mais longos sobem, impulsionados por recuperação do dólar

A recuperação do dólar, somada à alta dos rendimentos dos Treasuries, forneceu suporte para as taxas de juros futuros mais longas terminarem com ligeira alta nesta terça-feira, 28. Na ponta mais curta da curva, os juros fecharam perto dos ajustes, à medida que os investidores continuaram apostando majoritariamente que o Copom elevará a Selic amanhã em 0,50 ponto porcentual.

No fim do pregão regular na BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2015 (211.620 contratos) tinha taxa de 13,185%, ante 13,180% no ajuste de ontem. O DI para outubro de 2015 (228.040 contratos) marcava 13,420%, ante 13,410% na segunda-feira. O DI para janeiro de 2016 (226.880 contratos) apontava 13,50%, de 13,49% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2017 (263.945 contratos) indicava 13,29%, ante 13,25% no ajuste da véspera. O contrato de janeiro de 2021 (85.890 contratos) tinha taxa de 12,62%, igual ao ajuste anterior. Nos EUA, o rendimentos da T-note de 10 anos subia a 1,978%.

Na agenda doméstica desta quarta-feira, 29, está prevista, além da decisão do Banco Central, a divulgação do resultado primário do governo central de março e do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de abril. Nos EUA, serão anunciadas a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre e a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed).

Os agentes estão convictos que o BC elevará a taxa de juros básica em 0,50 pp, depois que o presidente da instituição, Alexandre Tombini, destacou recentemente a vigilância da política monetária. Para o resultado do governo central, uma pesquisa feita com 18 instituições consultadas pelo AE Projeções mostrou que as estimativas vão de um déficit de R$ 8,100 bilhões a superávit de R$ 7,300 bilhões, com mediana positiva de R$ 3,500 bilhões. Em fevereiro, houve déficit primário de R$ 7,357 bilhões.

Em relação aos eventos americanos, os analistas esperam que os dados do PIB apontem desaceleração da economia no primeiro trimestre. A expectativa é que a economia registre crescimento ao redor de 1%, abaixo do nível de 2,2% do trimestre final de 2014. Em relação à reunião do Fed, os especialistas não preveem novidades em termos de mudança na política monetária. A atenção dos investidores estará concentrada nas alterações de palavras e expressões no comunicado que ainda possam manter – ou não – sobre a mesa as apostas em um aumento de juros na reunião de junho do comitê (Fomc).

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