Os juros futuros registraram leve alta nesta segunda-feira, 9, em especial os médios e longos, acompanhando a valorização do dólar, em um dia de agenda esvaziada aqui e no exterior. Dados negativos sobre a China renovaram os temores com o gigante asiático, enquanto cresce nos investidores a expectativa de que os EUA iniciem a normalização da política monetária em dezembro.
Ao fim da sessão regular na BM&FBovespa, o depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2016 (26.285 contratos negociados) projetava taxa de 14,238%, ante 14,240% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2017 (60.010 contratos) indicava 15,45%, de 15,35% na sessão anterior. O contrato para janeiro de 2018 (40.685 contratos) mostrava 15,71%, de 15,65%. E o DI para janeiro de 2021 (36.830 contratos) apontava 15,72%, de 15,63%. O dólar à vista subia 1,11% por volta das 16h30, a R$ 3,8009.
Hoje, a pesquisa Focus mostrou que a projeção para o juro básico no fim de 2016 passou de 13,00% para 13,25%, indicando que os participantes acreditam que o espaço para o BC baixar a Selic está ficando cada vez menor. Até porque, a expectativa com o PIB do próximo ano recuou de -1,51% para -1,90%.
Segundo o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou, em sua estreia no comando da reunião com analistas do mercado financeiro na capital paulista, o novo diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Altamir Lopes, teria ouvido, entre as várias preocupações dos participantes, que a política monetária estaria começando a ficar sob a dominância fiscal.
Na agenda política, amanhã a Câmara deve votar o projeto da repatriação de bens nacionais no exterior. Nos próximos dias, a Casa também deve criar uma comissão especial para avaliar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU). Os dois projetos são essenciais para o programa de ajuste fiscal da equipe capitaneada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.