Os juros futuros confirmaram a expectativa de uma abertura em alta, com as projeções de inflação elevadas na pesquisa Focus do Banco Central e cautela antes dos atos de 7 de Setembro. O dólar, valorizado, ajusta a sustentar as taxas. Também conforme esperado, porém, a liquidez é bastante reduzida, na ausência do sinal de Nova York, com as bolsas fechadas por feriado nos Estados Unidos.
Na pesquisa Focus, a projeção do mercado financeiro para a inflação em 2021 se distanciou ainda mais do teto da meta do BC. Agora, os economistas veem o IPCA – o índice oficial de preços – este ano em 7,58%, ante 7,27% na semana passada. Há um mês, estava em 6,88%. A projeção para o índice em 2022 subiu de 3,95% para 3,98%. Quatro semanas atrás, estava em 3,84%.
Já para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, a expectativa dos analistas caiu de 5,22% para 5,15%. Para 2022, o mercado financeiro reduziu a previsão do PIB de alta de 2,00% para 1,93%.
"Por mais que os investidores já tenham demonstrado nos últimos dias elevação da cautela diante da proximidade das manifestações agendadas para o dia 7 de Setembro, o fato de hoje ser véspera do feriado deverá causar novo mal-estar. Visto o posicionamento cada vez mais acuado do governo federal e da queda da popularidade do presidente em recentes pesquisas, além das próprias informações negativas de ordem econômica, investidores devem mostrar apreensão, diante da possibilidade de escalada da radicalização político-institucional no País após os atos de amanhã", acrescenta o Departamento de Economia da Renascença DTVM, em nota.
Em razão do feriado da terça-feira, o leilão de NTN-B do Tesouro ocorre hoje. O evento também pode influenciar os negócios.
Às 9h47, o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 8,715%, ante 8,665% sexta-feira no ajuste. O DI para janeiro de 2025, 9,90%, ante 9,83%. O DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 10,35%, ante 10,30% no ajuste de sexta-feira.