Economia

Juros sobem com previsão de alta da Selic e aumento do rendimento dos Treasuries

O comportamento da curva de juros foi pautado nesta quarta-feira, 3, pela perspectiva de nova alta da Selic na noite de hoje, de 0,50 ponto porcentual, e as taxas futuras fecharam em alta entre os contratos com prazos curtos. Os demais vencimentos alinharam-se ao avanço do rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano. Ao final da sessão regular da BM&F, o DI julho de 2015 projetava 13,597%, de 13,575% no ajuste de ontem, e o DI janeiro de 2016 subiu de 13,95% para 13,97%. O DI janeiro de 2017 avançou de 13,52% para 13,58% e o DI janeiro de 2021, de 12,49% para 12,55%.

A curva precifica quase 100% de probabilidade de aumento de mais 0,50 ponto da Selic hoje, aposta que também é consenso nos Departamentos Econômicos. Pesquisa realizada pelo AE Projeções mostra que 76 entre 83 instituições consultadas preveem que a taxa básica será elevada a 13,75% nesta reunião. Nas mesas de renda fixa, o mercado trabalha ainda com a possibilidade de que o Banco Central vá repetir o teor do comunicado do encontro de abril, o que levou os investidores a colocarem fichas na manutenção do ritmo de avanço da Selic também em julho.

Nos Treasuries, os juros subiram, influenciados pelo avanço dos bunds alemães, pela expectativa de um acordo sobre a crise de dívida da Grécia e pela melhora no número de postos de trabalho criados no setor privado dos EUA. Após a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve, no meio da tarde, a alta perdeu um pouco de força. Perto das 16h30, a T-note de dez anos estava em 2,374%, de 2,259% no fim da tarde de ontem. Ao longo da sessão, a taxa chegou a 2,383% na máxima, o maior patamar desde novembro de 2014.

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