As taxas de juros negociadas no mercado futuro registram baixa em toda a curva nesta manhã, com os contratos mais curtos renovando mínimas há pouco, dando continuidade à correção vista ontem. As quedas ocorrem a despeito da maior tensão geopolítica, com os ataques de Israel ao Irã.
Segundo o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, o mercado doméstico aproveita o cenário externo relativamente moderado para dar continuidade aos ajustes de ontem, levando em conta que as taxas futuras atingiram níveis que já não eram razoáveis. Apesar da tensão geopolítica, o dólar recua, assim como os preços do petróleo recuam, depois de terem subido mais de 4% mais cedo.
"O início desta semana foi de muita pressão na curva de juros, principalmente nos vértices intermediário e longo, devido à recepção ao Projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias (PLDO). Mas houve também as declarações de Roberto Campos Neto, que interferiram na precificação da Selic. O que se vê hoje é um mercado confuso, mas o exterior permite um espaço para respirar", afirma Borsoi.
Às 10h52, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 10,390%, ante 10,425% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2026 projetava 10,58%, ante 10,73% do ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2027 era de 10,86%, contra 11,02%.