Os juros futuros seguem nesta quinta-feira correção iniciada na véspera, acompanhando a fraqueza do dólar ante o real e mais um dia de recuo do rendimento dos Treasuries, dando espaço para a melhora de humor no exterior. Ainda que as incertezas domésticas ainda estejam presentes, principalmente com relação à pressão do funcionalismo público por reajuste salarial e as dificuldades fiscais neste contexto, o dia de agenda esvaziada leva os investidores a replicar movimentos externos.
Na parte da tarde, a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, será monitorada, uma vez que se aproxima a data da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), dias 1º e 2 de fevereiro. No comunicado de dezembro, o Copom indicou mais um aumento de 1,50 ponto porcentual na Selic em fevereiro, para 10,75% ao ano.
De acordo com Silvio Campos Neto, economista e sócio da Tendências Consultoria, como os mercados internacionais ainda seguem se preparando para a elevação dos juros nos Estados Unidos, seguem o viés de alta para yields e dólar.
Ontem, o presidente americano, Joe Biden, reconheceu o desafio da inflação no país como um dos grandes problemas em seu primeiro ano de mandato. Ele afirmou que o "apoio extraordinário na pandemia" foi providenciado pelo Federal Reserve (Fed), mas com a inflação do país atingindo a máxima desde 1982, mudanças podem ser necessárias.
Às 9h29 desta quinta, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 caía a 11,985%,de 12,027% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 recuava para 11,210%, de 11,263%, e o para janeiro de 2027 recuava para 11,210%, de 11,242% ontem no ajuste. O dólar à vista descia 0,44%, a R$ 5,4433.