As taxas de juros negociadas no mercado futuro iniciaram esta sexta-feira próximas da estabilidade, mas passaram a exibir sinal de alta nos últimos minutos, provocado pelo fortalecimento do dólar ante o real. Inicialmente, a expectativa dos analistas é de uma sessão de negócios com oscilações limitadas, devido à agenda menos intensa hoje. No entanto, o investidor segue cauteloso ao final de uma semana recheada de reuniões de política monetária de bancos centrais. Assim, a sinalização "hawkish" dos BCs, inclusive do brasileiro, deve continuar dando a tônica dos negócios, mantendo o investidor cauteloso e atento a indicadores de inflação e de atividade econômica.
É esse tom cauteloso que norteia os negócios no mercado internacional nesta sexta-feira, em meio às incertezas sobre os efeitos das retiradas de estímulos dos BCs em um ambiente ainda de riscos econômicos gerados pela covid-19, mantendo as economias fracas, ao mesmo tempo em que as pressões inflacionárias se acentuam.
Entre os poucos destaques do dia estará a entrevista coletiva do ministro da Economia, Paulo Guedes, às 11h, que poderá ser a última do ano. Enquanto isso, os investidores analisam os dados de inflação divulgados hoje.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,56% na segunda quadrissemana de dezembro, desacelerando após a alta de 0,61% na primeira quadrissemana do mês, segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
E o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou em seis das sete capitais pesquisadas na segunda quadrissemana de dezembro, na comparação com a primeira leitura, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O IPC-S arrefeceu a 1,07% na segunda medição do mês, após registrar 1,18% na abertura de dezembro. A alta acumulada em 12 meses é de 9,89%, menor do que os 10,01% ocorridos no período até a primeira quadrissemana. A desaceleração mais significativa no IPC-S Capitais foi registrada em São Paulo, onde a inflação passou de 0,79% na primeira quadrissemana para 0,49% na segunda.
Às 9h49, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2023 tinha taxa de 11,74%, ante 11,72% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2025 projetava 10,69%, contra 10,62% do ajuste anterior. E na ponta mais longa, a taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 10,54%, contra 10,49% do ajuste de quinta-feira.