Os juros futuros têm viés de baixa nesta sexta-feira, após a criação de empregos aquém do esperado nos Estados Unidos, que tira a pressão das taxas dos Treasuries, referência para o mercado. Os investidores também monitoram a cotação do dólar. A queda dos juros futuros é limitada por ajustes em alta, após forte redução de prêmios no mercado nos últimos dias.
Até quarta-feira, os juros futuros caíram de forma consistente, acompanhando a queda do dólar, em meio ao otimismo com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil, melhora de percepção do cenário fiscal e captações de recursos externos por empresas.
Hoje, abriram para cima, corrigindo excessos, e desaceleraram e viraram com o relatório oficial do mercado de trabalho americano, o chamado payroll. A economia dos EUA gerou 559 mil empregos líquidos em maio, abaixo da mediana das estimativas, de 700 mil, em pesquisa do <b>Projeções Broadcast</b>.
"Acho que o mercado estava com um pouco de medo de um payroll mais forte, mas essa expectativa não se confirmou", diz o economista-chefe da Greenbay Investimentos, Flávio Serrano.
Às 10h17, o DI para janeiro de 2022 indicava 5,09%, mínima, ante 5,11% no ajuste de quarta-feira, e o para janeiro de 2027, 8,32%, de 8,34%.
O dólar à vista caía 0,29%, a R$ 5,0695. O juro da T-note de 10 anos cedia a 1,607%, de 1,626% no fim da tarde de ontem.