O Supremo Tribunal de Israel decidiu nesta terça-feira, 25, por unanimidade, que o Exército do país deve começar a recrutar homens ultraortodoxos para o serviço obrigatório, em uma decisão histórica que pode levar ao colapso da coalizão governista do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, à medida que os israelenses seguem bombardeando Gaza.
A decisão põe fim a um sistema vigente há décadas que garantia a homens ultraortodoxos amplas isenções do serviço militar, mantendo o alistamento obrigatório para a maioria judaica secular.
Partidos ultraortodoxos poderosos, parceiros-chave na coalizão de Netanyahu, são contrários à qualquer mudança no sistema atual.
O fim das isenções pode levá-los a abandonar a coalizão, provocando o colapso do governo e provavelmente levando à convocação de novas eleições em um momento de baixa popularidade do primeiro-ministro.
Cerca de 66 mil homens ultraortodoxos estão sujeitos agora ao alistamento, de acordo com Shuki Friedman, especialista em religião e assuntos de Estado e vice-presidente do Instituto de Política do Povo Judeu, instituto de pesquisa com sede em Jerusalém. Fonte: <i>Associated Press</i>.