A Justiça de São Paulo deu 72 horas para a Prefeitura da capital paulista se manifestar sobre a demolição do setor do tobogã no estádio do Pacaembu, prevista pela concessionária Allegra Pacaembu. O prazo foi dado após um pedido de suspensão do contrato de concessão realizado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) no fim do ano passado.
A Allegra Pacaembu assumiu o estádio no último final de semana. A concessionária pagou R$ 115 milhões pelo direito de gerir o local pelos próximos 35 anos. Dentre as mudanças após a privatização está prevista a demolição do tobogã para ser erguido um prédio de cinco andares, com 44 mil metros quadrados de área construída.
O Pacaembu é tombado e a demolição do tobogã já foi autorizada previamente pelos órgãos responsáveis pelo patrimônio histórico da cidade (Conpresp e Condephaat). A Allegra conta com os ofícios que integram o edital de concessão.
A Associação Viva Pacaembu, porém, tenta impedir a obra e move duas ações na Justiça contra a Allegra. Em uma delas, quer barrar a demolição do setor. A outra pretende cancelar a licitação que deu aval para a concessionária administrar o local por 35 anos.
O estádio deve ser fechado em dezembro, após o término do Campeonato Brasileiro, para o início das obras de modernização. A principal mudança será a derrubada do tobogã para a construção de um centro comercial. O previsão é que fique fechado durante 28 meses e a reinauguração aconteça nos primeiros quatro meses de 2023.
A demolição já foi autorizada pelos órgãos competentes. Para o cronograma ser obedecido, a concessionária terá de obter sinal verde sobre o projeto final das obras que envolvem patrimônios históricos de São Paulo. Análises estão sendo feitas nesse sentido.