Os últimos cinco torcedores do São Paulo que estavam detidos pelo ataque ao ônibus do clube foram colocados em liberdade nesta quinta-feira. A decisão foi dada pelo juiz Jose Fernando Steinberg, sendo que eles terão de cumprir algumas medidas cautelares.
De acordo com a determinação, eles precisarão comparecer em juízo a cada 30 dias, estão proibidos de frequentar estádios de futebol, não podem se ausentar da comarca em período superior a sete dias, a não ser que recebem autorização judicial, e terão de cumprir recolhimento domiciliar noturno das 22 horas às 6 horas, inclusive em feriados e finais de semana.
Assim, com essas obrigações, Steinberg acolheu o pedido de Renan Bohus, advogado dos torcedores detidos. Eles estavam presos desde 23 de janeiro, dia do ataque ao ônibus do São Paulo. Inicialmente, 14 haviam sido presos, mas nove deles acabaram sendo liberados no dia seguinte, por serem primários.
Torcedores do São Paulo realizaram emboscada ao ônibus da equipe momentos antes do empate por 1 a 1 com o Coritiba, quando a delegação se encaminhava ao estádio do Morumbi para o compromisso pelo Campeonato Brasileiro. veículo foi atacado com pedras e rojões arremessados pelos são-paulinos, que ainda portavam barras de ferro e pedaços de pau quando foram detidos.
No início de fevereiro, o Ministério Público denunciou 15 torcedores do São Paulo pelo ataque ao ônibus. Os 14 detidos foram denunciados por associação para cometer crimes, destruir coisa alheia com substância inflamável ou explosiva, opor-se a ato legal mediante violência, ofender a integridade corporal de alguém e promover tumulto em evento esportivo.
O 15.º são-paulino denunciado pela promotora Monize Flavio Pompeo foi Bruno Silva Arcanjo, diretor-geral da Independente, por associação para o crime. Um processo penal contra os torcedores será instaurado se a denúncia for acatada pelo juiz responsável pelo processo.