Uma decisão obtida pela Prefeitura na Justiça,que saiu no final da noite desta sexta-feira, determina a suspensão da liminar que impedia o reajuste das tarifas do transporte coletivo municipal em Guarulhos, que deveria estar em vigor desde o dia 20 de janeiro. Desta forma, as passagens deverão subir na próxima quarta-feira para R$ 4,15, o que significa um reajuste 50% menor do que concedeu o prefeito anterior, Sebastião Almeida (ex-PT), que havia elevado as tarifas para R$ 4,50.
Após o prefeito Guti (PSB) revogar o reajuste concedido por Almeida e realizar estudos, junto a entidades da sociedade civil, das planilhas do transporte coletivo, a Prefeitura chegou ao valor de R$ 4,15. No entanto, uma medida liminar suspendeu o reajuste.
A Prefeitura recorreu alegando que a falta de reajuste afetaria o equilíbro econômico da administração, já que os valores de subsídio ao transporte seria até R$ 50 milhões a mais ao final de um ano. E foi baseado nesta tese que a Justiça determinou a suspensão da liminar, autorizando o reajuste, que ainda não tem data para vigorar.
Segundo os números apresentados nas planilhas, a tarifa em Guarulhos deveria custar em torno de R$ 5,00. A diferença entre o valor ideal e o cobrado na catraca deve ser subsidiado pela Prefeitura. Com a passagem a R$ 3,80, sem nenhum reajuste, a Prefeitura iria ter que arcar com R$ 92,3 milhões ao longo de um ano, o que acarretaria em sérios problemas para a adminsitração. Com a tarifa a R$ 4,15 autorizada pela Justiça, o total de subsídios dever ser em torno de R$ 50 milhões.
