Um ano após o assassinato da delegada Denise Quioca, o Ministério Público e a Polícia Civil investigam a possibilidade de mais uma pessoa ter participado do crime que chocou a cidade no dia 23 de dezembro do ano passado.
A informação foi dada pelo advogado da família de Denise, Cristiano Medina da Rocha, em entrevista coletiva convocada pela irmã da delegada, Andresa Quioca, nesta sexta-feira. Conforme Rocha, o ex-investigador da Polícia Civil Fábio Agostino Macedo recebeu uma ligação em seu celular momentos antes dele disparar várias vezes em Denize e, após detido, a chave do veículo não foi apreendida. "
Apreenderam tudo o que tinha no carro dele na manhã do crime. Apreenderam um pen drive, roupas, mas a chave do carro não. Onde estava a chave se não estava nem com o Fabio e nem no carro?". Quanto a expectativa do julgamento do acusado, o advogado prevê que deva acontecer no primeiro semestre do ano que vem, uma vez que Fabio Agostino Macedo está detido e o juíz Leandro Jorge Bittencourt Cano, do Fórum de Guarulhos, já determinou o júri popular. "A defesa do Fabio entrou com um recurso que deverá ser apreciado nos três primeiros meses do ano que vem. Após isso, o juiz Leandro Bittencourt põe o julgamento na pauta. Acredito que aconteça no primeiro semestre ainda", opinou.
O advogado da família de Denise falou também que vai entrar com processo contra o Estado de São Paulo, uma vez que entende que houve falha da Corregedoria da Polícia Civil na proteção da delegada. "Denise tinha feito boletins de ocorrência contra o Fábio e nem a Lei Maria da Penha foi aplicada. Ele tinha sido expulso da Polícia e ainda estava de posse das armas pertencentes a coorporação. O Estado foi avisado e não tomou atitude", informou.