Um dia após o previsto para o término das audiências sobre o caso da morte da advogada Mércia Nakashima, os acusados de Mizael Bispo de Souza e Evandro Bezerra Silva devem depor nesta quinta-feira, 21.
Ambos deveriam ser ouvidos na quarta. No entanto, apenas às 18h seria permitido o início do depoimento de um deles. Assim, por falta de tempo em interrogar os acusados no mesmo dia, aconteceu a determinação do juiz adiando a participação deles para esta quinta. A integridades dos réus, por causa dos manifestantes que estavam no lado de fora do fórum, também foi levada em consideração para a decisão.
Três testemunhas participaram da audiência nesta quarta. Um deles foi Renato Patolli, perito responsável pelo laudo de reconstituição do assassinato. Ele declarou que houve erro de digitação no laudo de reconstituição feita com base nos dados do rastreador do carro de Mizael, após interrogatório do advogado de defesa Ivon Ribeiro. Segundo o relatório da perícia, o carro de Mizael estava parado na rua Domingos Alves dos Santos, no entanto o relatório do rastreador indica que ele só passou pela rua.
Além disto, o perito afirmou que foram encontrados vestígios de algas, fragmentos de ossos e partículas de chumbo no sapato de Mizael.
Wilson Aparecido Silva Ferreira, representante da empresa que instalou o rastreador no carro de Mizael; e Leandro de França, prestador de serviço da empresa de rastreador do carro, depuseram antes de Patolli.
Com eles, os advogados de defesa tentaram levantar se haveria problemas com o rastreador do carro de Mizael. Ferreira alegou que os rastreadores que trabalham sempre são policiados para não dar nenhum problema. Já França contou que o aparelho para de informar – caso apresente defeito – o local onde está o carro, mas não transmitiria informações incorretas.
O juiz Leandro Bittencourt Cano informou que vai esperar o julgamento do habeas corpus de competência, que determina se o caso vai para a comarca de Guarulhos ou de Nazaré Paulista – onde o corpo de Mércia foi encontrado, para definir se os réus serão julgados em júri popular.