O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve as qualificadoras de homicídio triplamente qualificado pronunciadas pelo Ministério Público ao réu Fábio Agostino Macedo, acusado de assassinar a delegada Denise Quioca, no dia 23 de dezembro de 2010. A defesa do acusado tentou, junto ao TJ, retirar algumas qualificadoras após a pronúncia do MP mas, por unanimidade, os três desembargadores do Tribunal decidiram manter todas as acusações de que Fábio matou a delegada por motivos torpe, com crueladade e que impossibilitou a defesa da vítima.
Em junho do ano passado o juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano, do Fórum de Guarulhos, já havia decidido mandar o réu a júri popular e, a expectativa agora é para a data do julgamento que pode ser realizado ainda este ano. Nesta terça-feira, o advogado da família de Denise, Cristiano Medina da Rocha, concederá entrevista coletiva para explicar o andamento do processo e os próximos passos a serem dados pela acusação. Na última vez que reuniu a imprensa, em dezembro passado, o advogado revelou que a polícia estava investigando a possibilidade de uma outra pessoa ter dado suporte ao acusado no dia do crime.
Caso – Denise e Fábio tiveram um relacionamento por oito anos que terminou em 2009. A delegada fez várias queixas à corregedoria da Polícia Civil denunciando as agressões do ex-namorado. O ex-investigador foi expulso da polícia em dezembro de 2010, poucos dias antes de matar a delegada, acusado entre outras coisas de agressão e abuso de autoridade. No dia 23 de dezembro, Fábio Agostino Macedo, invade a sala da delegada no 1º Distrito Policial e dispara 17 vezes contra ela. Policiais que estavam na delegacia prendem em flagrante o ex-investigador, mas Denise não resiste aos ferimentos.