Poucas horas depois da eliminação nas oitavas de finais da Liga dos Campeões para o Lyon, na sexta-feira, a Juventus anunciou a demissão do técnico Maurizio Sarri na manhã deste sábado. O clube comunicou a dispensa do treinador de 61 anos por meio de nota oficial.
"O clube gostaria de agradecer ao técnico por escrever uma nova página na história da Juventus ao vencer o novo título italiano seguido, o ápice de uma jornada pessoal que o fez escalar todas as categorias do futebol italiano", diz o comunicado da Juventus, ressaltando o nono título consecutivo do torneio nacional, o 34º da história do clube.
Sarri, que assumiu a Juventus em junho do ano passado para substituir Massimiliano Allegri, tinha contrato até 2022. No entanto, não resistiu à eliminação precoce na Liga dos Campeões. O time de Turim perdeu o primeiro duelo para o Lyon por 1 a 0, na França, e venceu o segundo na Itália por 2 a 1. Acabou eliminado pelo gol sofrido em casa.
Além do fracasso na competição europeia, Sarri também não foi capaz de conduzir a Juventus nesta temporada aos títulos da Copa da Itália, conquistada pelo Napoli, e da Supercopa, vencida pela Lazio. Ele deixa a "Velha Senhora" com 71,8% de aproveitamento. Foram 34 vitórias, oito empates e nove derrotas em 51 partidas.
Contratado para implementar uma mudança de filosofia na Juventus e apostar em um jogo mais atraente, a exemplo do que havia feito no Napoli, Sarri, apesar da conquista do Campeonato Italiano, não conseguiu transmitir suas ideias táticas para os jogadores e sua equipe ainda perdeu a solidez defensiva, característica historicamente marcante do time de Turim.
Segundo a imprensa italiana, Simone Inzaghi, técnico da Lazio desde 2016, e o argentino Maurício Pochettino, sem clube desde que deixou o Tottenham, são os mais cotados para substituir Sarri. Roberto Mancini, comandante da seleção italiana, também é cogitado. Zinedine Zidane, que também caiu nas oitavas com o Real Madrid, é tido como um sonho improvável do clube de Turim.