A Juventus entrou em acordo com a Federação Italiana de Futebol nesta terça-feira para evitar nova perda de pontos na tabela do Campeonato Italiano. Pelo acerto, o time de Turim aceitou levar uma multa de 718 mil euros (cerca de R$ 3,8 milhões) e também não entrar com recurso para tentar reverter a decisão.
O clube e sete ex-diretores haviam sido denunciados por suposta fraude no corte de salários dos jogadores durante a pandemia de covid-19. O único ex-dirigente da Juventus a não entrar no acordo foi o ex-presidente Andrea Agnelli, que vai a julgamento no dia 15 de junho. O clube e seus ex-diretores alegam inocência no caso.
O caso que rendeu o acordo é diferente da investigação que o clube enfrenta por acusação de fraude fiscal. A decisão desta terça se refere à denúncia de irregularidades na redução de salários do elenco no início da pandemia.
O clube alegou na ocasião que seus 23 jogadores aceitaram ter o salário reduzido ao longo de quatro meses para ajudar o time a conter a crise financeira, causada pela covid-19. Os promotores, contudo, alegam que o acordo entre clube e elenco se referia a apenas um mês de salário.
A Juventus, então, corria o risco de perder mais pontos na tabela do Italiano, cuja rodada final será disputada no domingo. O time de Turim já perdeu 10 pontos por conta da outra denúncia.
O acordo deixa a Juventus na sétima colocação da classificação do Italiano, com 59 pontos, ainda com chances de buscar vaga na Liga Europa. No entanto, a possibilidade de disputar os torneios europeus da próxima temporada poderá ser barrada pela Uefa, que ainda investiga o clube por diversas questões legais.