A Juventus oficializou nesta terça-feira a contratação do atacante argentino Gonzalo Higuaín, ídolo do rival Napoli. O clube alvinegro pagou 90 milhões de euros (cerca de R$ 324 milhões), valor da multa rescisória. O atacante assinou contrato por cinco temporadas na transação mais cara da história do futebol italiano.
A contratação é a terceira maior da história, atrás apenas da do galês Gareth Bale, que trocou o Tottenham pelo Real Madrid por 101 milhões de euros (hoje cerca de R$ 363 milhões) e do português Cristiano Ronaldo, que deixou o Manchester United para atuar pelo Real Madrid por 94 milhões de euros (aproximadamente R$ 338 milhões).
No site oficial, a Juventus postou uma imagem do jogador com a camisa da seleção argentina dando as boas-vindas ao Pipita, como o atacante é conhecido. “É difícil falar de Higuaín e dizer algo que ainda não tenha sido dito. Centroavante, ponta de qualidade técnicas e físicas e, sobretudo, dotado de um particular faro de gol como poucos jogadores do mundo, pouquíssimos”, informou o comunicado.
O texto publicado no site do clube seguiu exaltando o jogador, relembrou números da última temporada, como os “83 chutes a gol, 40 a mais do que qualquer outro jogador”. Ainda relembrou seu início de carreira no River Plate em 2005, depois sua transferência para o Real Madrid em 2007 e, por fim, a passagem pelo Napoli entre 2013 e 2016.
No final, veio a declaração de amor ao atleta. “A história se transforma em crônica, o passado em presente e, sobretudo, no futuro. O futuro de Higuaín é branco e preto”, filosofou o comunicado do clube.
Na última temporada, pelo Napoli, Higuaín alcançou a marca histórica de se tornar o jogador com mais gols em uma edição do Campeonato Italiano. Ele marcou 36 vezes em 38 jogos. Esse foi um dos principais atrativos que chamaram a atenção da Juventus e, até por isso, a sua contratação causou tanta indignação aos napolitanos.
Pela internet, torcedores queimaram a camisa com o nome do jogador. No último amistoso do Napoli, na goleada sobre o Trento por 4 a 0, na casa do adversário, torcedores do Napoli levaram faixas e bandeiras para xingar o “traidor”.