O presidente do PSD, Gilberto Kassab, e o líder do partido na Câmara, Antonio Brito (BA), ficaram presos em um elevador nesta segunda-feira, 21. A foto publicada nas redes sociais chamou a atenção, porque parecia que Kassab estava no Congresso, em negociações políticas. Em poucos minutos, o ex-prefeito de São Paulo apagou o tuíte e publicou outro. Esclareceu que o elevador fica na sede do Conselho Regional de Contabilidade, em São Paulo.
Os passos de Kassab têm sido acompanhados com atenção. Ele está prestes a anunciar o rumo do PSD na disputa presidencial de outubro.
"Estou aqui com meu líder do PSD na Câmara, Antônio Brito, preso no elevador do Conselho Regional de Contabilidade em São Paulo. Quem puder ajudar, agradecemos!", publicou o ex-prefeito no Twitter.
Considerado um dos mais hábeis negociadores da política, Kassab tenta pôr em prática o projeto de uma candidatura própria do PSD à Presidência. Está à espera de uma resposta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Mas, diante da falta de entusiasmo demonstrada por ele, conversou com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. O gaúcho hoje está no PSDB, mas tem dado sinais de que pode mudar de partido para tentar o Palácio do Planalto.
Em conversas reservadas, Leite não esconde a simpatia pelo convite que recebeu de Kassab. Em discurso para empresários no Rio Grande do Sul, na sexta-feira passada, 18, o governador praticamente descartou a possibilidade de concorrer à reeleição no Estado. Também indicou o desejo de disputar a Presidência.
Mesmo com essas articulações, Kassab também mantém conversas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Petistas têm trabalhado para que o ex-prefeito apoie Lula logo no primeiro turno da disputa. Kassab argumenta que o PSD terá candidato próprio na primeira rodada. Mas admite aderir à campanha de Lula mais adiante, se o atual quadro de polarização com o presidente Jair Bolsonaro chegar ao segundo turno.