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Keila fica com prata no Pan, mas vento tira brasileira do Mundial

O vento é o grande personagem do primeiro dia das provas de atletismo dos Jogos Pan-Americanos. Na noite desta terça-feira, impediu Keila Costa de se classificar para os Jogos Olímpicos no salto triplo. A brasileira fez sua melhor marca em dois anos para ganhar a prata em Toronto, mas o vento acima do permitido para homologação a deixa sem índice para os Jogos Olímpicos.

Ela ainda tem até maio do ano que vem para se qualificar para a Olimpíada, mas o Pan era a última chance de obtenção de índice para o Mundial de Pequim, no mês que vem. Por isso, vai à China só para competir no salto em distância, ficando fora do Mundial no triplo.

Tanto para o Mundial quanto para a Olimpíada, o índice é 14,20m, marca que Keila superou duas vezes durante a prova no Estádio da Universidade de York. Fez 14,21m no seu quarto salto e, depois, melhorou para 14,50m na sua quinta tentativa. A federação internacional (IAAF), entretanto, só homologa saltos feitos com vento abaixo de 2,0 m/s. Durante toda a prova em Toronto, entretanto, ele estava acima disso.

Quem também acabou prejudicada pelo vento foi a colombiana Caterine Ibargüen, atual campeã mundial. Conforme esperado, ela venceu com folga, saltando quatro vezes acima do melhor resultado de Keila. A colombiana fechou a prova com o que poderia ser o melhor salto do ano: 15,08m, recorde da competição, mas que também não foi homologado porque o vento era de 2,3 m/s naquele momento.

Além de Ibargüen e Keila, o pódio também teve a colombiana Yosiry Urrutia, que saltou 14,38m para ficar com o bronze. As marcas das três não valem para o ranking mundial, mas seriam equivalentes ao primeiro, sétimo e oitavo lugares desta lista. Núbia Soares, essa sim já classificada para Pequim no triplo, foi só a 11.ª colocada, com 13,57, eliminada após três saltos. A menina de 19 anos volta de lesão.

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