Na final entre duas ex-líderes do ranking mundial, neste sábado, em Londres, Angelique Kerber levou a melhor sobre Serena Williams. A tenista alemã venceu a norte-americana por 2 sets a 0, com duplo 6/3, em apenas 65 minutos, e conquistou pela primeira vez em sua carreira o título do Torneio de Wimbledon.
Atual décima colocada da listagem da WTA e 11ª cabeça de chave do Grand Slam inglês, Kerber já havia faturado o Aberto da Austrália e o US Open, ambos em 2016, e agora triunfou na mais importante competição de tênis realizada em quadras de grama.
A jogadora alemã havia sido vice-campeã na capital inglesa em 2016, quando perdeu justamente para Serena na decisão, mas agora superou a atual 181ª colocada do ranking até com certa facilidade para ganhar o terceiro Grand Slam de sua carreira.
Já Serena, aos 36 anos de idade, fez neste sábado a sua primeira final no circuito profissional apenas dez meses depois de dar à luz ao seu primeiro filho. O parto, complicado, foi seguido de outras cirurgias, em razão de uma embolia pulmonar, que colocou em risco até mesmo a vida da tenista.
Apesar de hoje ocupar apenas a 181ª posição da WTA, a norte-americana foi confirmada como 25ª cabeça de chave de Wimbledon por ser beneficiada pelo sistema de definição das pré-classificadas do torneio inglês, que leva em conta o histórico do atleta na competição e o desempenho em torneios realizados em quadras de grama. Algo único deste tradicional Grand Slam.
Sete vezes campeã de Wimbledon, Serena defendia uma invencibilidade de 20 jogos na grama londrina, pois não jogou a competição em 2017 depois de ter levado a taça anteriormente em 2015 e 2016. Se fosse campeã neste sábado, ela ergueria o oitavo troféu deste Grand Slam e ficaria a apenas um título de alcançar o recorde da checa naturalizada norte-americana Martina Navratilova.
Para completar, um título deste sábado lhe asseguraria uma outra marca histórica ainda mais importante. A norte-americana se igualaria à australiana Margaret Court, com 24 troféus de simples de Grand Slam. Assim, ela ficaria a apenas mais um título para atingir o recorde absoluto de Grand Slams no currículo.
O JOGO – Apesar do todo o histórico vencedor de Serena, Kerber não se intimidou com o fato de estar encarando uma lendária tenista novamente na final. A alemã foi dominante desde o início e já no primeiro set aproveitou três de cinco chances de quebrar o saque da adversária, que converteu um único break point conseguido nesta parcial, para aplicar 6/3 e abrir vantagem.
No segundo set, Kerber foi ainda mais soberana ao confirmar todos os seus serviços sem oferecer nenhuma chance de quebra e ainda foi feliz em uma de duas oportunidades de ganhar games no saque da norte-americana para repetir o 6/3 que liquidou o jogo.
Serena exibiu mais agressividade do que Kerber no fundo de quadra ao disparar 23 winners, contra apenas 11 da alemã, mas também cometeu muito mais erros não forçados (24 a 5). E isso acabou pesando para o resultado final do confronto.
Essa foi apenas a segunda vitória de Kerber em sete duelos com Serena, mas a alemã já havia derrotado a adversária anteriormente também na decisão do Aberto da Austrália de 2016, ano em que a norte-americana daria o troco na rival na final de Wimbledon.