A final feminina de Roland Garros terá apenas uma cabeça de chave em quadra no sábado. Será a russa Anastasia Pavlyuchenkova, apenas a 31ª pré-classificada, que enfrentará a checa Barbora Krejcikova, outra tenista ainda pouco famosa fora do circuito. Nesta quinta-feira, elas superaram suas rivais e garantiram pela primeira vez a vaga numa final de simples de um Grand Slam.
Krejcikova foi quem teve mais trabalho nesta quinta. Ela precisou de três sets para superar a grega Maria Sakkari por 2 a 1, com parciais de 7/5, 4/6 e 9/7. A tenista da Grécia era a melhor ranqueada das semifinais, atual 18ª do mundo e 17ª cabeça de chave em Paris. Havia eliminado a polonesa Iga Swiatek, atual campeã de Roland Garros, e a americana Sofia Kenin, dona de um título do Aberto da Austrália.
Mesmo assim, a checa fez valer o seu grande momento, numa equilibrada batalha de 3h18min de duração. Krejcikova terminou o jogo com apenas uma quebra de saque a mais que a rival: 7 a 6. O duelo parelho ficou evidente também em outras estatísticas. A checa disparou 31 bolas vencedoras, contra 27 da grega. E cometeu mais erros não forçados: 58 a 53.
Com o resultado, a tenista da República Checa obteve seu melhor resultado numa chave de simples de um Slam. Até então, não havia passado das oitavas de final. Aos 25 anos, a 33ª do mundo já tem dois troféus deste nível jogando nas duplas.
No sábado, ela vai decidir o título em Paris contra Anastasia Pavlyuchenkova, atual 32ª do ranking da WTA. Para alcançar também a sua primeira final de Grand Slam, a russa superou a eslovena Tamara Zidansek por 7/5 e 6/3, em 1h34min de confronto.
Pavlyuchenkova obteve seis quebras de saque, contra quatro da rival eslovena. Foi menos precisa nos golpes de fundo de quadra (19 bolas vencedoras, contra 27), mas falhou menos. Anotou 22 erros não forçados, diante de 33 de Zidansek, que vinha sendo até então a sensação do torneio. Ela ocupa atualmente a 85ª posição do ranking.
Aos 29 anos, Pavlyuchenkova entrou para a história como a primeira tenista a alcançar uma final de Slam após 50 tentativas. Em Paris, ela compete na chave principal de um torneio deste nível pela 52ª vez. Quando juvenil, conquistou três títulos deste porte.
As semifinais femininas de Roland Garros foram marcados pelo ineditismo. Foi apenas a segunda vez na era profissional do tênis que as quatro semifinalistas disputavam esta fase de um Grand Slam pela primeira vez.