A diminuição do repasse do governo para as empresas educacionais está relacionada com a sazonalidade e já estava prevista em portaria publicada no ano passado, afirmou o vice-presidente financeiro da Kroton, Frederico Brito e Abreu.
No pregão desta quinta-feira, 26, as ações da Kroton caíram 8,57%, pressionadas por informações de que o Ministério da Educação iria pagar às instituições de ensino apenas 60% do saldo dos títulos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) referente ao mês de novembro.
“Não é uma pedalada, não é um atraso. Ela aconteceu no mês passado, vai acontecer neste mês e provavelmente será regularizada”, disse. “Quando o sistema prevê que a recompra do mês seguinte é menor, a recompra é reduzida pelo valor previsto pelo mês seguinte. Como a expectativa deste mês é menor em 40%, a recompra será de 60%. A diferença será compensada posteriormente.”
O executivo disse que, para 2016, a previsão é de que o cronograma anterior à portaria volte. As quatro parcelas devidas de 2015 devem ser pagas até 2018.
Abreu afirmou ainda que, mesmo com os desafios macroeconômicos em 2016, está em curso a ampliação do financiamento próprio estudantil. “Nós continuamos a crescer, mesmo com a crise. Mas ainda temos muito a fazer do lado do custo”, disse.