O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, disse nesta segunda-feira que o banco central não vai abolir a sua meta de inflação de 2%, mesmo que ele não tenha sido capaz de cumprir a meta e tem adiado o prazo.
“Não tenho qualquer intenção de alterar a meta de atingir 2% de inflação o mais rápido possível”, disse Kuroda em um evento realizado pela Universidade de Keio, em Tóquio. Ele respondeu a uma pergunta de um aluno que questionou se o fato de a instituição não conseguir alcançar a meta de inflação representava um risco de credibilidade para o BoJ.
Kuroda afirmou que uma vez que o Japão experimentou deflação prolongada, exige “um forte compromisso” para superar tais condições.
Kuroda disse também que nenhum banco central está tentando forçar os mercados ao fixar o preço em mudanças específicas de política monetária que possam ser feitas em futuras reuniões de política monetária. Ainda assim ele renovou sua promessa de tomar medidas de flexibilização adicional “sem hesitação”, se necessário.
O presidente do BoJ assumiu o cargo há três anos, prometendo gerar inflação de 2% no Japão dentro de dois anos. Mas ele tem sido repetidamente forçado a empurrar para trás a sua meta. Ele citou a queda dos preços de energia como uma das razões para que não haja uma inflação significativa.
O BOJ disse recentemente que a meta de inflação de 2% deverá ser alcançada entre abril de 2017 e março de 2018, em comparação com uma meta anterior entre abril de 2017 e setembro de 2017. Esta foi a quarta vez em um ano que o BoJ postergou a data para atingir a meta. Fonte: Dow Jones Newswires.