Estadão

Kyrie Irving bate o pé e defende sua decisão de não se vacinar contra a covid-19

Kyrie Irving, astro do Brooklyn Nets na NBA, falou pela primeira vez nesta quinta-feira desde que sua decisão de não se vacinar contra a covid-19 vem causando polêmica no mundo esportivo. O armador de 29 anos usou de suas redes sociais para defender sua "liberdade individual" e garantiu que não deixa de pensar na sua carreira.

"Não acreditem que eu estou me aposentando. Não acreditem que eu estou abandonando o jogo por questões de mandarem eu tomar a vacina ou eu não me vacinar. Não acreditem em nada disso", disse Irving em um transmissão ao vivo em suas redes sociais.

Irving foi barrado de participar de treinos e jogos dos Nets. A decisão da franquia em afastar o jogador ocorreu justamente após sua decisão de não se imunizar contra o novo coronavírus, que fez milhões de vítimas ao redor do mundo.

"Você acha que eu realmente quero perder dinheiro?", questionou o armador em sua live. Ele tem contrato de 40 milhões de dólares estabelecidos para serem ganhos somente nesta temporada. Em sua transmissão, o jogador ainda compartilhou dados enganosos a respeito da vacinação da covid-19. Mais de 90% dos atletas da NBA estão imunizados, uma proporção muito maior comparada à população geral dos Estados Unidos.

"Vocês acham que eu quero desistir do meu sonho de conquistar um campeonato?", continuou. "Você acha que eu realmente quero desistir do meu trabalho? Acham que eu quero ficar simplesmente sentado em casa?"

Na última terça, o Brooklyn Nets barrou as atividades de Irving até que ele esteja "em condições de participar". A cidade de Nova York, onde fica a franquia, exige que adultos e adolescentes tenham pelo menos uma dose da vacina para entrar em locais fechados, assim como ginásios esportivos.

Por fim, Irving disse falsamente que sua decisão em não se imunizar não afeta outras pessoas. Isso é um erro. A variante Delta, mais contagiante, se espalhou rapidamente em áreas com baixo índice de imunização. Os hospitais nestas regiões estão lotados de pacientes sem vacina, disponibilizando apenas poucos leitos e poucos profissionais para atender pessoas com outras demandas.

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