Cidades

Lá como cá

Em São Paulo, o DEM definiu apoio ao nome do PSDB, o empresário João Dória, na corrida à prefeitura, fato que pode se repetir em Guarulhos, com a consolidação do nome de Carlos Roberto (PSDB) na disputa pelo Bom Clima. Pesa o desgaste sofrido pelo pré-candidato do DEM, Eli Corrêa Filho, após as notícias, divulgadas em rede nacional, sobre o bloqueio das contas da mulher dele, Francislene Assis de Almeida. Ela não acatou decisão judicial para devolver R$ 32 milhões que teria recebido indevidamente por desapropriações do Rodoanel. 
 
 
 Quem paga a conta? 
 
Aliados ao pré-candidato a prefeito Eli Correa Filho (DEM) insistem em dizer que a decisão da Justiça em confiscar as contas correntes de sua esposa, Francislene Assis de Almeida, que deixou de devolver R$ 32 milhões, que teria recebido indevidamente por desapropriações para obras do Rodoanel, não tem qualquer relação com o deputado federal. Dizem que a oposição quer fazer a associação só porque ele estaria à frente nas pesquisas eleitorais. Mas uma pergunta que ninguém sabe responder: sem acesso às contas da mulher, quem vai pagar os compromissos firmados pela pré-campanha?
 
 
Sumida
 
A decisão da Justiça, que circulou em toda a grande imprensa no sábado, coloca mais uma vez em xeque a pré-candidatura de Correa. O fato de Francislene, segundo apontou a decisão, não ter sido encontrada pelo oficial de Justiça, segundo o magistrado Felipe Estevão de Melo Gonçalves, "sugere possível tentativa de ocultação, paralelamente ao flagrante desrespeito dos requeridos ao seu dever de manter endereço atualizado nos autos". Coincidentemente, no edifício Martello, região do Bosque, onde seria o endereço de Eli em Guarulhos, vizinhos dizem que o deputado não aparece por lá há tempos. O apartamento no 8º andar estaria vazio.
 
 
Sem chances?
 
Já PMDB e PSD podem se aliar na Capital, mas estão muito distantes um do outro por aqui, pelo menos por enquanto. O primeiro, sempre aliado do PT local, foi para os braços de Eli. Já o PSD vai com Miguel Martello de cabeça de chapa. A ideia, em São Paulo, é ter Marta Suplicy como a candidata pelo PMDB, deixando o ex-tucano Andrea Matarazzo, hoje no PSD, como vice. A divisão de tempo na TV está pautando os acordos, já que o PT de Fernando Haddad e o PSDB de João Dória têm muito mais espaço que os rivais.
 
 
 
Mais perto
 
Em Guarulhos, há ainda outros pré-candidatos na fase do namoro. Elói Pietá (PT) busca um nome dentro de um partido que aceite se aliar com o 13, no auge de uma crise política e moral sem precedentes. O nome que vem sendo discutido seria o do sindicalista José Pereira (PDT), que só entrou na corrida para ganhar espaço político. Se a aliança vingar, ele sai como vice. No entanto, o partido – que já percebeu a necessidade de ser oposição – perde completamente o discurso.
 
 
 
Não estava lá
 
O vereador Guti (PSB), pré-candidato a prefeito de Guarulhos, enviou nota para dizer que não participou de evento em um condomínio que discutiria a aprovação de um plano de elaboração e aprovação de um projeto técnico do Corpo de Bombeiros, na última quarta-feira, conforme foi publicado. Ao ter acesso ao convite, que serviu como base para a nota, garantiu que não sabia do que se tratava e que seu nome teria sido utilizado indevidamente. Naquele dia, Guti participou de uma reunião política no restaurante Saravá.
 
 
 
Querendo crescer
 
Acreditando nos números da pesquisa Ibope Inteligência, em que aparece em quarto lugar, o pré-candidato do PRB, Jorge Wilson, tenta aumentar seu leque de alianças para disputar a Prefeitura de Guarulhos. Apesar de ligado umbilicalmente ao governo de Sebastião Almeida (PT), tenta – assim como outros – emplacar a ideia que é oposição. O deputado estadual aposta que seu padrinho, Celso Russomanno, líder na corrida na capital,  vai se manter no jogo, apesar dos problemas que ainda têm com a Justiça.

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