O líder da maioria na Câmara dos Representantes, Steny Hoyer, espera que o Senado devolva o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão à Casa na próxima semana. A previsão do democrata é que os senadores aprovem a legislação até o sábado, mas com modificações, o que exigiria uma nova análise da Câmara.
Nesta terça-feira, Hoyer publicou em sua conta oficial no Twitter um cronograma das matérias previstas para análise na Câmara na semana que vem, dentre elas o "Plano de Resgate Americano", como é oficialmente chamada a proposta de estímulos à economia do presidente norte-americano, Joe Biden.
Os deputados aprovaram o projeto na madrugada de sábado, 27, mas sem o apoio da oposição. Algumas medidas enfrentam a resistência de senadores republicanos e até mesmo de alguns democratas.
A maior polêmica é em torno do aumento do salário mínimo do país de US$ 7,25 para US$ 15 a hora, que deverá ser retirado da legislação. Na quinta-feira, 25, uma consultora independente do Senado avaliou que a inclusão do aumento do mínimo no pacote não está de acordo com as regras da Casa.
No início de fevereiro, os democratas acionaram uma resolução orçamentária, chamada de "reconciliação", que permite a aprovação do pacote por maioria simples no Senado.
O dispositivo, em tese, dispensa o apoio dos republicanos ao projeto, mas limita o escopo de medidas que podem ser incluídas. O partido de Biden possui 50 dos 100 assentos da Casa, mas conta com o voto de desempate da vice-presidente Kamala Harris, que acumula a função de presidente do Senado.
A proposta de Biden inclui também pagamentos diretos de US$ 1,4 mil para cidadãos com renda de até US$ 75 mil por ano.
O valor complementa os US$ 600 do pacote fiscal anterior. Além disso, a legislação prevê US$ 350 bilhões em ajuda para estados e municípios, US$ 130 bilhões para escolas e US$ 15 bilhões em auxílio para companhias aéreas.