O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, afirmou hoje que o Conselho da instituição não está "pré-comprometido" com uma trajetória de taxas de juros específica, e que elas seguirão suficientemente restritivas durante o tempo que for necessário. Em discurso na Conferência Bancária Nacional da Federação de Bancos e Pagamentos da Irlanda, o dirigente apontou que o conselho seguirá adotando abordagem reunião por reunião para determinar nível da restrição, e que a postura do BCE exige que analisemos e interpretemos cuidadosamente as informações recebidas.
Segundo Lane, os atuais dados de inflação e de salários mostram que "precisaremos manter uma postura monetária restritiva". "Elevado nível de incerteza e as pressões ainda altas nos preços são evidentes na zona do euro", pontuou. Segundo Lane, as pressões salariais seguem altas, e devem ser o principal fator inflacionário na região em 2024.
"As perspectivas para 2024-2026 indicam que uma desinflação central considerável está em curso. A atual tarefa da política monetária é garantir que a desinflação total seja garantida, com a inflação regressando ao nosso objetivo de 2% em tempo útil e a fixar-se neste nível numa base sustentável", afirmou.