O grupo Latam apresentou ao Tribunal do Distrito Sul de Nova York uma proposta modificada do financiamento DIP (<i>debtor in possession</i> na sigla em inglês) no âmbito do seu plano de recuperação judicial, que permite que o grupo tenha acesso aos US$ 2,45 bilhões necessários para enfrentar os impactos causados pela pandemia de covid-19. A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira. No modelo DIP, o credor que concedeu o financiamento tem prioridade no recebimento perante os outros.
Na nova proposta apresentada pela Latam, o grupo retirou do tranche C a cláusula que abria espaço para conversão do valor a ser emprestado pelos controladores em ações, com desconto de 20%. A brecha foi determinante para que o juiz James L. Garrity Jr., da corte de falência de Nova York, votasse contra o processo.
Entre as mudanças, o tranche C agora será composto por até US$ 1,15 bilhão (antes era de até US$ 1,5 bilhão), sendo US$ 750 milhões fornecidos pela Qatar Airways e pelos Grupos Cueto e Eblen e US$ 250 milhões pela Knighthead Capital. Além disso, há a inclusão da participação de acionistas minoritários da Latam por até US$ 150 milhões. "Caso esse valor não seja atingido, o diferencial será fornecido pelos credores da Tranche C", explicou a empresa.
Já no tranche A, o valor de até US$ 1,3 bilhão continuará a ser liderado pela Oaktree Capital Management, L.P. que contribuirá com US$ 1,125 bilhão, enquanto a Knighthead Capital participará com US$ 175 milhões.
"A Latam está aguardando determinação do Tribunal em relação à proposta de financiamento DIP modificada", disse a empresa.